Allegiance of Honor (Psy-Changeling #15), Nalini Singh

17 de junho de 2016


Após a queda do Silencio, os Psy tem que reestruturar sua sociedade, assim todas as três raças se unem para criar o Trinity Accord, unindo as potências de todas as raças em um pacto de paz, mas nem todos estão interessados em dividir o poder, assim podendo colocar em risco a frágil aliança entre os povos.
A primeira coisa que se estranha em Allegiance of Honour é a falta de um casal principal para nortear a história, não prejudica a história, mas ainda assim causa um estranhamento. A própria autora diz em uma nota no começo do livro que ele fecha a primeira fase da série e organiza todos os fatos para a próxima fase. O livro passeia por vários núcleos, desde personagem apresentados em contos como Emmett e Ria e Annie e Zack, até aos plots mais aguardados como o nascimento dos pupcubs de Mercy e Riley, então vemos muito desse desenvolvimento de personagens, das relações entre si, como núcleos distantes criam laços e como todos personagens estão furiosamente tentando evitar a ruína de tudo o que se construiu, de tudo conquistado até então. O que se leva a uma pausa de apreciação a insinuação da relação entre Nikita e Anthony. SHIPPANDO. PARA. TODO. O. SEMPRE.
Uma das coisas mais interessantes são os capítulos narrados por Miane a alfa Balckfish, assim apresentando toda uma nova mitologia Changeling. Do mesmo jeito que apresenta essa nova face Changeling, ele trás novos jogadores Psys e desenvolve alguns que foram brevemente citados em outros livros, só preparando o terreno para próxima fase.
A coisa que mais me incomodou foi a introdução da companheira de Bastien, irmão de Mercy, do nada, mesmo que algum dos personagens tenham sido apresentados em contos, sempre tem menções deles pelos livros, como Ria ser assistente de Lucas, a festa de acasalamento de Annie e Zack em Mine to Possess, a gravidez de Ria e Emmett em Play of Passion, então mesmo quem não tivesse lido os contos não estranharia os personagens, já Kirby aparece do nada sem nenhuma menção anteriormente. 
No fim o livro tem a mesma estrutura dos outros livros da série, então não é tão inovador e nem trás todo o peso dos outros como a queda do silencio ou a degeneração da rede, é um livro de transição cheio de fanservice, mostrando um pouco de cada personagem já apresentado. O que mas se estranha mesmo é a falta de personagens principais, mas ele segue três linhas principais e consegue manter um ritmo. O livro é bom, tem um calor de voltar aos personagens e ver como a vida deles cresceu, de como o universo de Singh é vivo e está sempre mudando. 
Avaliei com 4 de 5 estrelas no skoob.

Shadowhunters

27 de janeiro de 2016

Nos tempos áureos da minha adolescência Instrumentos Mortais foi de longe uma das minhas séries literárias preferidas. Depois do fracasso do filme, admito que não coloquei muita fé quando foi anunciado que os livros seriam adaptados para uma série de tv, mas quando saiu o primeiro episódio na Netflix corri para assistir e em três episódios já não aguento mais.
Com atuações medíocres para terríveis, uma direção péssima, efeitos ruins, roteiro sem sal e falas que não cabem na boca dos personagens o primeiro episódio é bem fraco, mas resolvi continuar com a inocente ideia de que seria apenas o problema do primeiro episódio de ter que vomitar informações na cara do público para apresentar o universo e os personagens, mas infelizmente os outros episódios continuam no mesmo nível.
Sabendo que é quase sempre impossível fazer uma adaptação 100% fiel aos livros, não me incomodo quando certos aspectos são alterados, mas uma das coisas importantes da boa adaptação é que o personagem em si, seus ideais, suas motivações e seu arco na história não sejam alterados. De personagens que não existiam nos livros e não acrescentam nada na série, a personagens que agem de forma totalmente contraria a sua personalidade, Shadowhunters peca terrivelmente na adaptação.